Na era chamada era da informação um dos fenomenos mais alarmantes é justamente o da falta de informação. Claro que a falta de informação não é causada por uma falta de acesso, mas sim pela quantidade avassaladora de informação que nos chega e que sobracarrega nossos cérebros humanos, fazendo com que a informação se perca, seja superficial ou fique sem ser absorvida. Então como proceder diante de tantos dados?
Uma resposta curta seria: qualificar a informação.
Mas essa resposta gera outras perguntas: Qual informação é importante? Qual é mais fidedigna? A qual eu tenho que prestar atenção? O ditado popular diz que “quem conta um ponto aumenta um ponto” e a bricadeira do telefone sem-fio comprova que quanto mais intermediários existirem, maior será a chance da mensagem chegar ao final do “fio” muito diferente. Recomenda então a prudencia que quanto mais próxima da fonte, melhor é a informação. Essa coisa de “diz que não diz”, “fulano falou que siclano disse…” ou “ouvi dizer que…” ou “fiquei sabendo que…” é o equivalente ao telefone sem-fio no mundo dos adultos.
Temos muito “ouvido falar” em uma proposta de alteração do texto da nossa Constituição. O texto propõe um teto para os gastos públicos intentando equilibrar a dívida pública brasileira. Algumas pessoas argumentam a favor dizendo que essa é a unica maneira de sair da situação atual, outros dizem que isso terá um impacto a longo prazo ruim não só na economia, como na saúde e no sistema educacional público (só para citar algumas áreas). Mas isso é a fonte?
Muitas pessoas interrogadas disseram não ter lido o texto da proposta. São pessoas e mais pessoas baseando o seu jugamento no que ouviram de outras pessoas, argumentando contra ou a favor de algo que para o bem ou para o mal da população vai alterar o modo como nos organizamos e deixando fontes secundárias de informação determinarem (em maior ou menor grau) o destino de suas vidas e de nosso futuro.
Pensando nisso, decidimos contribuir positivamente para o debate publicando abaixo o texto na íntegra da proposta de emenda consticucional chamada de PEC 241 ou PEC 55. Dessa maneira, o leitor chegará mais próximo da fonte e terá condições de julgar (negativa ou positivamente) a proposta, tomando atitudes de maneira embassada, mais profunda e responsável, o que influenciará fortemente na segurança do que se diz e na força das ações levadas a cabo.
Colocamos também no final do texto o link para a página da Camara dos Deputados, no intuito de oferecer um primeiro exercício do tipo “Não aceite o que eu falo, pesquise na fonte!” Incentive outras pessoas a lerem e a se informarem melhor, compartilhe o link, pergunte e debata com respeito. Esperamos que você faca disso um hábito e assim possa começar com um pequeno gesto a influenciar positivamente o nosso contexto.
Afinal de contas, ler é poder!
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